Pois é ... com o problema de super-lotação nesses locais, vai ter        muita gente declarando-se ser só para ganhar um pouco mais de espaço no        confinamento ... rs rs rs Presídio gaúcho recebe ala exclusiva para        travestis Daniel  Favero Direto de Porto        Alegre 23 de abril de 2012 •        17h29 Policial guarda a entrada de uma das        celas destinadas para travestis no Presídio Central de Porto        Alegre                    O Presídio Central de Porto Alegre ganhou, oficialmente, nesta        segunda-feira, uma ala exclusiva para travestis. Este é o segundo presídio        brasileiro a possuir espaço específico para os transexuais. O primeiro foi        instalado no presídio de São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de        Belo Horizonte, no entanto, na capital gaúcha serão abrigados ainda os        companheiros dos presos que também estão no Central, já que eles não têm        direito a visita íntima.                    De acordo com a Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande        do Sul, os transexuais eram vítimas de violência e privação de direitos        básicos. "São 20 travestis e 20 companheiros que estão nessa ala que        funciona desde o mês passado", disse a presidente da entidade, Marcelly        Malta. Segundo ela, foi firmado ainda um convênio para a realização de        oficinas voltadas para as presas, além de um trabalho de assistência        jurídica e psicológica.                    "Em outros locais (com outros presos) a gente não podia casar com o        companheiro que escolhíamos, éramos obrigados a nos prostituir e muitas        eram violentadas sexualmente", disse Edilson Rosalba da Silva, conhecido        com Alanda, 24 anos, que foi preso por roubo e está há 10 meses no        Presídio Central. Ele garante que o relacionamento que começou no presídio        é sério. "Ele já até me apresentou para a família dele",        assegura.                    A ala exclusiva para os transexuais está localizada na galeria H,        local que possui boas condições se comparado com o resto do Presídio        Central. Em 2008, a casa prisional foi considerada a pior do País pela CPI        do Sistema Carcerário da Câmara dos Deputados. "Elas já estão decorando o        local, dando um trato diferenciado", disse a diretora do Departamento        Penal da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Ivalvete de        França, garantindo que não haverá        superlotação.                    O Presídio Central comporta cerca de 1,6 mil presos, mas acomoda        aproximadamente 4,5 mil detidos que aguardam julgamento. O secretário de        Segurança Pública do Estado, Airton Michels, disse estão sendo feitos        levantamentos que devem apontar até o ano que vem se o local será        reformado ou desativado. "Até o final de 2014 ou nós não teremos        mais o Presídio Central ou nós teremos uma casa adequada para atender os        presos provisórios de Porto Alegre, mas sem nenhuma possibilidade de        superlotação", prometeu o secretário, que criticou ações como a da Ordem        dos Advogados do Rio Grande do Sul, que ameaça denúnciar o Estado a órgãos        internacionais de defesa dos direitos humanos pelas condições do presídio.        "Seria uma vergonha", afirmou.  |      |
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