Vou começar esta mensagem com algo que irá atiçar o interesse pelo         texto um tanto longo sobre a FELICIDADE,                     De imediato eu adquiri respeito por uma sociedade tão sábia e feliz         ... rs rs BUTÃO:          O  PAÍS  DA          FELICIDADE                     Uma "curiosidade" butanesa – que não posso         afirmar se está diretamente relacionada à felicidade – é a popularidade do pênis. Sim, existem         pênis enormes, artisticamente pintados nas fachadas das casas e prédios,         bem como pênis eretos de madeira fixados sobre portais. Os butaneses         curtem o pênis. Fiquei sabendo que acreditam que o pênis ereto afasta o mau olhado. Nas lojas de         souvenires pode-se comprar pênis de diversos tamanhos para várias         finalidades, seja para pendurar no pescoço ou usar de outras formas.         Também fiquei sabendo que há altares onde se reza ao pênis, em homenagem a         Drukpa Kuenley, deus da fertilidade. E não se vê conotação pornográfica         nisso: é tudo muito natural... E põe felicidade         nisso!                     O Butão é uma das principais referências e país onde surgiu o         interessante conceito do FIB, o índice de "Felicidade Interna Bruta", que         hoje está sendo aplicado em outros lugares também. O astrólogo e         engenheiro civil Otávio Azevedo visitou o Butão e conta o que viu:                              Acabei de voltar do Butão, muitas vezes apelidado de "o país mais         feliz do mundo", e pude ver "in loco" que este epíteto tem um fundo de         razão. Difícil quantificar essa coisa chamada "felicidade" em termos de         mais ou de menos, mas mesmo sendo uma das nações mais pobres do globo, de         acordo com a ONU, o Butão figura entre as dez mais felizes, segundo         pesquisa da University of Leicester, no Reino Unido. O país tem fome zero,         analfabetismo zero, índices de violência insignificantes e nenhum mendigo         nas ruas. Não há registro de corrupção administrativa e o povo adora o         rei, Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, bem como a rainha, Jetsun Pema. Na         verdade, é essa veneração ao rei e à rainha que chama logo a atenção de         quem anda pelo país: a foto do casal real se encontra em todos os lugares,         de estabelecimentos comerciais a praças, casas, hotéis, tudo, e muitas         vezes se vê várias fotos do casal num mesmo local. Até no formulário de         imigração do aeroporto, a foto do casal real aparece! Agora, vamos         combinar: eles são lindos! Eu nunca tinha visto antes foto de um rei e sua         rainha tão formosos, nem a da Grace Kelly com o príncipe de Mônaco,         Rainier III. Não dá vontade de parar de olhar para a foto do casal real         butanês, que parece encarnar um conto de fadas: o casamento de um rei com         uma plebéia. Os butaneses têm muito orgulho do seu rei, que usualmente         circula no meio do povo apertando as mãos dos seus         súditos.                     Numa loja que entrei, a título de brincadeira perguntei à vendedora         se ela se casaria com o rei, e ela candidamente me repreendeu dizendo que         "amava seu rei com todo o coração, bem como a sua rainha, que, para ela,         eram deuses vivos". Continuando, disse que "orava pela saúde do casal real         todos os dias, com amor e devoção". O respeito e a emoção com que se         referia ao rei e à rainha, logo me colocaram diante de um fator difícil de         imaginar em países desenvolvidos: no Butão existe um verdadeiro respeito         por aqueles que encarnam o poder. Não há vestígio de corrupção, assim como         não há gorjetas nem outras formas de "agrados"; de um modo geral os         butaneses são pobres, mas são mesmo felizes.                     Sabendo que esse primeiro motivo, por si só, seria insuficiente,         continuei procurando outras razões que explicassem a felicidade deste         país, já que a riqueza material não é a tônica, e logo me deparei com algo         que já tinha observado em outras andanças: me parece que o budismo é a         religião mais próxima da felicidade de um povo. Não sou budista (ainda)         mas essa religião-filosofia me sugere propiciar um senso de felicidade com         o seu ensinamento da impermanência das coisas. O budista parece não sofrer         muito com questões materiais. E no Butão, quase toda população é budista;         são praticantes fervorosos.                     Outro possível motivo de felicidade é a beleza natural do país,         situado entre as montanhas do Himalaia. Com uma a população relativamente         pequena – 700.000 habitantes – e bem distribuída, se procura preservar as         tradições culturais. A beleza a que me refiro não se restringe apenas à         natureza, mas ao povo também. As pessoas são muito bonitas à sua maneira;         as mulheres butanesas, em especial.                     A astrologia é amplamente praticada e costuma-se determinar a data         de eventos através da mesma. Fiquei sabendo que apesar das casas e prédios         não terem um projeto específico de arquitetura, costumam ter um projeto         astrológico, levantando-se as posições favoráveis para iniciar a         edificação. Da mesma forma os grandes eventos são norteados pela         astrologia, e não é de se espantar que a data e hora da posse do rei Jigme         Khesar Namgyal Wangchuck, bem como o das suas núpcias, tenham sido         levantados por astrólogos... Analisar o mapa da coroação do rei (o farei         em breve) é dar de cara com uma competência astrológica que funciona         espetacularmente: a popularidade inconteste do rei é prova disso. No         universo da astrologia, considera-se o mapa astrológico da posse de         Elizabeth I, elaborado por John Dee em 1558, o melhor trabalho eletivo já         realizado. Mas eu acho que os astrólogos butaneses não ficam atrás, e         colocar o sol da posse na Casa 11, com a Vênus no ascendente, foi um golpe         de mestre para a popularidade do monarca. Normalmente mapas de posse vêm         com o sol na casa 10, por volta do meio dia, mas os butaneses parecem         preferir o sol na onze e, dessa forma, a coroação real se dá pela         manhã.  |       |
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