Zeferino's Diary


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Arrependimento



Arrependimentos lamentam as conseqüências. Remorsos, as causas.



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Traição



            A maior traição que cometemos é deixar de ser aquela pessoa por quem o outro se apaixonou.



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Dentro ou fora?


            Não se encontra fora o que dentro antes não exisitir.
            O que for encontrado fora será apenas um reflexo.
            Passando pelo bendito "amor" ...




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A idade dos seus ovos










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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Lucidez

LUCIDEZ

Os nossos desejos não se realizam segundo nossa vontade por graça da misericórdia divina, pois os nossos medos e receios - os quais carregamos em número e amplitude bem maiores - são feitos da mesma matéria prima universal que os nossos desejos. Se nos fosse concedido o mecanismo de realização de nossos desejos, não teríamos como impedir também a realização de nossos pavores, pois não somos evoluídos o bastante para tal. Somente o amor pode conseguir realizar um e impedir o outro. Na verdade, o ser que ama assim não teme nem receia e, portanto, não corre o risco do horror apontado. Assim, ainda necessitamos da intervenção divina para a realização de nossas aspirações, sempre segundo nossa necessidade e nosso merecimento.






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Dez mil


            Quando eles querem, "made in China" é selo de qualidade :)
            Vale a pena ... 10.000 (dez mil) vozes em um coral ...
            Vai o endereço do vídeo do You Tube que é grande demais para enviar por E-mail (53 MB), com duração de 18 minutos.






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Assassino misericordioso





Menina morre ao ter orgasmo ininterrupto de 12 minutos com uma amiga
20/11/2011




            Um caso raro resultou na morte da estudante Bianca Bezerra Borges, 21 anos, de Belém (PA), que entrou em transe, ao ter um orgasmo prolongado por 12 minutos, e acabou indo a óbito. A jovem estava tendo uma relação com uma amiga de faculdade. O hospital que recebeu Bianca confirmou que o orgasmo ininterrupto de 12 minutos foi a causa da morte.

            "Ela segurou forte o colchão com as unhas enfincadas, abriu a boca em forma de "Ó", e as pupilas dos olhos ficaram girando, dando voltas, como se estivessem soltas dentro dos olhos dela", contou a amiga que estava presente durante a tragédia.

            A amiga contou também que, começou a desconfiar quando, aos 10 minutos, Bianca continuava na mesma posição, olhos revirando, e com a boca aberta gritando alto. "Aos doze minutos ela apagou, e eu corri atrás de uma ambulância", disse a amiga.

            A pedido da família, a polícia vai investigar o caso. O delegado disse, em conversa com a reportagem de G17, que a amiga da vítima poderá responder por homicídio sem intenção de matar, se ficar comprovado, através de laudos, que ela foi a responsável pela morte da amiga. 





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Redenção



            O véu da ignorância é o pilar central que sustenta toda a esperança de redenção da alma humana



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Psicografia



Um poeta é psicógrafo da própria alma


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Intangível



            Poesia é uma expressão intangível em um mundo tangível, por isso mesmo nunca plena ou completa no verbo tosco

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Funk


Funk (s. m.): emanação sonora deletéria de gosto plenamente duvidoso e altamente perniciosa para o bom gosto refinado que se ache nas cercanias de onde pode ser encontrada, obtida como produto principal das excreções de organismos onde a massa encefálica foi intercambiada com o trato intestinal por força de mutação biológica promovida por exposição prolongada e intensiva a conteúdo de mídia alienante adotada como parte de um programa acéfalo e globalizado de inclusão social entre os viventes de seres humanóides aos quais questões éticas, morais, e religiosas impediram de dar fim mais adequado em valas comunitárias.





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domingo, 28 de outubro de 2012

Zangas



            Conhece-se mais facilmente alguém por suas zangas do que por suas alegrias.
            As pessoas dificilmente fingem zangas




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Primeira impressão


            Erra quem acha que é a primeira impressão a que fica.
            É a última.
            Se fosse a primeira, todas as uniões amorosas seriam uma eterna lua de mel.
            Encerro o meu caso ...



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Simples

Um poeta em versos canta
Aquilo que sua alma encanta
Musa conhecida, é alegria
Ignorada, é agonia


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Bom dia

Em versos traduzo
Uma terna melodia
Dos pássaros o canto
Para te sorrir o dia

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Passagem

Do pó da tua estante
Volto à vida a cantar
Preciso que se estanque
Teu desamor de me calar




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Sozinha

No desamor me chamou
Doída saudade a calou
Não me viu no amor
Não me terá na dor



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Incomodado


            O incomodo anônimo que me incomoda geralmente é sinal de gostos que não me gostam

            No popular: pulga atrás da orelha é sinal de merda à frente

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Solidão


            Receber é a intenção de quem diz que não gosta de ficar sozinho.
            Quem tem para dar, não é incomodado pela solidão



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Mal


            TODO mal carrega o seu próprio castigo.
            Quem é dado a mentir, por exemplo, vai pela vida afora - em todas as horas de todos os dias - sofrendo o infindável suplício de achar que os outros sejam da mesma estirpe, com olhos de mentira suspeitando dos mais santos inocentes







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Bem


            TODO bem carrega a sua própria recompensa.
            Quem é dado à caridade, por exemplo, não sente o ego afrontado quando lhe é negado até mesmo o justo, ficando assim liberto da corrente que o prenderia indefinidamente à uma dor de alma




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Inequívoco equívoco equivocado


            É sinal inequícovo de grave equívoco de quem se fez ausente procurar nas lembranças o que sofre uma doída falta.
            Assumir leva à resignação ou à reparação, e qualquer dos dois caminhos leva à paz

            No popular: é claro que fez merda se está sentindo falta. De duas uma: vai atrás ou esquece, mas sai dessa






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Sentimentos


            Sentimentos verdadeiros NUNCA são mudos.
            Se os que te são professados não passam das palavras vazias que os mascaram, desconfia

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Mãe


Mãe que é mãe se encanta até mesmo com a obra pintada em uma fralda suja.
E sente-se no paraíso



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Pai


Uma das recompensas da paternidade é a esperança de tudo que não se pode ser

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Fotografia à lápis






Parece uma foto, mas não é
Veja como o italiano Diogo Fazio produziu



Parece uma foto?



            Mas não é!
            A imagem acima é um desenho feito de lápis grafite, pelo italiano Diogo Fazio.
            Veja:














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terça-feira, 23 de outubro de 2012

É proibido



            Nunca cobre atos de amor. Sua cobrança os mata pois quando vierem não mais será possível dizer se vieram do amor ou da cobrança. Quem cobra atos de amor contenta-se com pouco.




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Lição de amor



A melhor e maior lição de amor que ela me deu foi me mandar ir amar outra


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Filosofando



         Não infle seu ego quando alguém te julgar bom em alguma coisa.
         A afirmação pode ser nem tanto um mérito seu, mas muito mais e simplesmente um desmérito aos concorrentes que serviram de parâmetro de avaliação.

         Se você achou que a sentença acima foi bem escrita, fica provado o que ela afirma.





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Curto e grosso



Inverdades propagam-se através do eco das cabeças vazias por onde transitam



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Cuidado



O amor escorre por entre os dedos de mãos indiferentes


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Boas mulheres




Uma boa mulher perdoa seu homem quando ela está errada




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Alianças



As imaturas querem alianças. As maduras, as fazem




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Ponto de vista


            Fui para ela o seu maior pesadelo, tudo o que ela mais temia e menos queria encontrar: um espelho. Ela não suportou o que viu ...



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Fênix



Uma das experiências mais gratificantes deste mundo é renascer de um amor que não era




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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sentimentos demais




Sentimentos demais
Ou como evitar que o amor morra afogado em nossas emoções
Ivan Martins - 10/10/2012 09h01


            Vamos ser francos: nosso problema não é sexo. Isso se arranja com facilidade. O que nos exaspera são as relações que estabelecemos a partir do sexo, ou apesar dele. O que nos sufoca é aquilo que se faz antes e depois de transar. A pessoa que fica ali – ou que gostaríamos que ficasse, mas não fica – constitui nosso maior problema, e talvez nossa única solução.

            Estar com alguém mais do que ocasionalmente, porém, constitui um desafio insolúvel – tanto quanto um prazer imensurável.

            As pessoas têm manias, têm temperamento, têm hábitos que nos incomodam. Elas reclamam de tudo, pateticamente. Elas se enfurecem com tudo, histericamente. Elas têm problemas, opiniões, desejos, amigos. Elas são lindas e nos causam ciúme. Elas são controladoras e nos irritam. Elas podem ser frívolas e indiferentes. Freqüentemente mergulham nelas mesmas e nos deixam entregues às apreensões e receios. Às vezes queremos que sumam, morram, pelo-amor-de-deus desapareçam. No outro dia acordamos sem elas e o coração perde duas batidas, de medo.

            Na verdade, sofremos de sentimentos demais. Eles transbordam, excedem, afogam. Seria infinitamente mais simples se fôssemos como os outros. Veja o casal do elevador, o professor de natação e a namorada dele. Obviamente felizes, simples, calmos. Trocam duas palavras e um olhar entre o quinto e o térreo. Gente bem resolvida. É impossível que ela chore de noite por temer que ele não a ame. Evidentemente ele não se isola diante da televisão e tenta aplacar os nervos vendo um filme inútil. Eles certamente nunca se metem em discussões dolorosas. Sabem o que fazer deles mesmos e do seu amor. Eles têm as respostas. As criaturas esquisitas somos eu, você e os nossos parceiros. Eles, os outros, são simples e felizes. Gente bem resolvida.

            Os sentimentos são o nosso principal problema, claramente. Estamos encharcados deles. Sentimentos de toda espécie, misturados. Você olha para aquela pessoa que abriu a porta e eles afloram, conturbados. Quanta aflição não esconde um abraço? A gente então conversa, e a confusão reflui. A gente espanta o assombro com a nossa voz e o nosso riso. A trivialidade nos resgata como um bote salva vidas. Nos olhos da mulher que a gente ama há uma praia tranqüila onde a gente ancora – até que o mar no interior dela se agite e a paz efêmera se perca. De novo.
Gostaríamos que não fosse assim, claro. Preferiríamos ser gente simples, composta, direta. Em vez de todas as memórias dolorosas que trazemos conosco, paz. Em vez da confusão de planos e aspirações, clareza. Nada de turbulência submersa, nenhuma recordação inconfessável, apenas superfície indevassável e tranqüila, como um lago.

            Imagine deslizar a mão pelo corpo macio dela sem que a cabeça esteja tomada por idéias conflitantes. Que genial fazer amor sem que nele se projete, num rosnado, o velho arsenal de ressentimentos que parece ter nascido conosco. O sexo então seria puro, biológico, em vez de uma batalha épica entre o bem e o mal, entre o público e o privado, entre o certo e o errado que nos habitam. E, depois do prazer, enrolar-se cheio de ternura e de angústia agridoce naquela criatura que ofega. Sentir-se pai, filho, irmão, apaixonado, opressor-filho-da-puta, canalha, marido. O que mais?

            Os sentimentos não nos largam, indecifráveis. O carro trafega a 40 km por hora, numa alameda ensolarada, e a lembrança de um certo olhar pungente quase nos leva às lágrimas. De onde vem essa emoção? Certamente da música, um samba travesso de Chico Buarque que nos conecta a tudo e a todos, num momentâneo abraço cósmico pós-eleitoral. Somos todos irmãos, ela me ama, a morte mora numa toca no fim da eternidade, tudo é lindo.

            Sejamos francos: nosso problema não é sexo, é amor. Encontrá-lo, conquistá-lo, torná-lo parte da nossa vida e, ao final, talvez, detestá-lo. Nosso problema é preservar esse amor em meio à tempestade de trovões dos nossos sentimentos. Cuidar para que o fascínio físico dos primeiros dias não se perca, evitar que a confiança que vem depois não nos cegue de tédio. Nossa tarefa, gigantesca, é fazer com prazer – e com o mínimo de sanidade – as coisas que se fazem antes e depois de trepar. A pessoa que fica ao nosso lado nesse intervalo é nosso maior problema, e talvez a única solução.





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Dores da alma


            Dizem que sai da boca o que está sobrando no coração.
            Nem sempre!
            Desconfie MUITO de pessoas que tem o costume de repetir, e repetir (para quem quiser e para quem NÃO quiser ouvir) a mesma coisa, vezes sem fim. Pessoas que constantemente se dizem "felizes", por exemplo, são exatamente o oposto (a repetição é muitas vezes um mantra repetido para AUTO iludir-se, talvez mais do que convencer os outros).

            Minha (doída) experiência pessoal com criaturas que utilizam essa prática confirma o que o texto diz.

            "Os excessos de todo gênero funcionam, na maioria das vezes, como disfarce psicológico para compensar nossas tendências interiores.  Exageramos posturas e inclinações na tentativa de simular um caráter oposto. Atitudes exageradas de um indivíduo significam, quase sempre, o contrário do que ele declara."

            EXCELENTE TEXTO!! (nem é muito longo) - RECOMENDO!!!

Livro: As Dores da Alma
Hammed / Francisco do Espírito Santo Neto

            O excesso de rigidez e severidade faz com que criemos um padrão mental que influenciará os outros para que nos tratem da mesma forma como os tratamos.
            Teimosia é uma forma de rigidez da personalidade.
            É um apego obstinado às próprias idéias e gostos, nunca admitindo insuficiências e erros.
            Conviver com criaturas que estão sempre com a razão, que acreditam que nasceram para ensinar ou salvar todo mundo e que jamais transgridem a nada, é viver relacionamentos desgastantes e insatisfatórios.
            Quase sempre, fugimos desses indivíduos dogmáticos, incapazes de aceitar e considerar um ponto de vista diferente do seu.
            Nesses relacionamentos, ficamos confinados à representação de papéis instrutor-aprendiz, orientador-orientado, mentor-pupilo.
            Somente escutamos, nunca podemos expressar nossa opinião sobre os eventos e as experiências que compartilhamos.
            As pessoas teimosas vão ao excesso do desrespeito, por não darem o devido espaço para as diferenças pessoais que existem nos amigos e familiares ... "pelos vossos excessos, chegais à saciedade e vos punis a vós mesmos."

            Os limites traçados pela natureza nos ensinam onde e quando devemos parar, bem como por onde e quando devemos seguir.
            A natureza respeita nossos dons próprios, ou seja, nossa individualidade.
            Assim, devemos também aceitar e respeitar nosso jeito exclusivo de ser, bem como a de todos aqueles com quem compartilhamos a existência terrena.
            O excesso de rigidez e severidade faz com que criemos um padrão mental que influenciará os outros para que nos tratem da mesma forma como os tratamos.
            Poderemos ainda, no futuro, provocar em nós um sentimento de autopunição, pois estaremos usando para conosco o mesmo tratamento de austeridade e dureza.
            O arrependimento se associa à culpa, nascendo daí uma vontade de nos redimir pelos excessos cometidos, o que acarreta uma necessidade de expiação — o indivíduo se compraz com o próprio sofrimento.
            Nossos limites se expressam de maneira específica e ninguém pode exigir igualdade de pensamento e ação de outro ser humano.
            Respeitando nossa singularidade, aprenderemos a respeitara singularidade dos outros e sempre cairemos no excesso, quando não aceitarmos nosso ritmo de crescimento, bem como o do próximo.
            Segundo Alfred Adler, a "compensação" é um dos métodos de defesa do ego e consiste num fenômeno psicológico que busca contrabalançar e dissimular nossas tendências inconscientes por nós consideradas reprováveis e que tentam vir à nossa consciência.

            Os excessos de todo gênero funcionam, na maioria das vezes, como disfarce psicológico para compensar nossas tendências interiores.
            Exageramos posturas e inclinações na tentativa de simular um caráter oposto.
            Atitudes exageradas de um indivíduo significam, quase sempre, o contrário do que ele declara.

            Excesso de pudor – compensação de desejos sexuais normais reprimidos.
            Excesso de afabilidade – compensação de agressividade mal elaborada.
            Excesso de alimentação – compensação de insegurança ou necessidade de proteção.
            Excesso de religião – compensação de dúvidas desmoralizadoras existentes na inconsciência.
            Excesso de dominação – compensação de fragilidade e desamparo interior.

            Atrás de todo excesso ou rigidez se encontra a não aceitação da naturalidade da vida, fora e dentro de nós mesmos.

            Os erros são quase que inevitáveis para quem quer avançar e crescer.
            São acidentes de percurso, contingências do processo evolutivo que todos estamos destinados a vivenciar.
            Quando agimos erroneamente é porque não sabemos como fazer melhor.
            Ninguém, de forma deliberada, tem o desejo de ser infeliz; portanto, ninguém escolhe o pior.
            Os feitos e as atitudes peculiares de cada criatura estão intimamente ligados a seu desenvolvimento físico, mental, social e moral.
            Nossa maturidade espiritual é adquirida através das experiências evolutivas no decorrer de todos os tempos, seja na atualidade, seja no pretérito distante.
            Tudo o que fazemos está relacionado com nossa idade astral.
            Inquestionavelmente, fazemos agora o que de melhor poderíamos fazer, porque estamos agindo e pensando conforme nossas convicções interiores; aliás, ela (a idade astral) é gradativa pois está vinculada às nossas percepções evolutivas.
            As criaturas que agem com austeridade em determinada circunstância acreditam que aquela é a melhor opção a tomar.
            Porém, quando o amadurecimento conduzi-las a ter uma melhor noção a respeito dos relacionamentos humanos, elas assimilarão novas maneiras de se comportar e passarão a agir de forma coerente com seu novo entendimento.
            A concepção de bem se amplia de acordo com nosso desenvolvimento espiritual.
            A proposta cristã "pagar o mal com o bem" sugere: castigar por castigar não transforma a criatura para o bem, mas somente o amor é capaz de sublimar e educar as almas.
            A pena de morte é uma rigidez dos costumes humanos.
            Propõe matar o corpo físico como punição pelas faltas cometidas, com o esquecimento, porém, de que somente transfere a problemática para outras faixas da vida e cria revolta e desarmonia no ser em correção.
            A dor apenas terá função dentro dos imperativos da vida, enquanto os homens não aceitarem que somente o amor muda e renova as criaturas.
            O projeto da Vida Maior é conscientizar-nos, não sentenciar.
            Nosso planeta está repleto de criaturas intelectualizadas e influentes, mas nem por isso sábias e habilitadas para todas as coisas.
            Por mais inteligente que seja o ser humano, sempre haverá um universo de coisas que ele desconhece.
            Muitas pessoas matam, roubam e mentem sem vacilação alguma, mas será que sabem perfeitamente que isso não é certo?
            Estar no intelecto não é a mesma coisa que estar na profundeza da alma.
            Ter informações e receber orientações não é a mesma coisa que integralizar o ensinamento, ou mesmo, saber por inteiro.

            "... O homem julga necessária uma coisa, sempre que não descobre outra melhor. À proporção que se instrui, vai compreendendo melhor o que é justo e o que é injusto e repudia os excessos cometidos, nos tempos de ignorância, em nome da justiça."

            Ser flexível não quer dizer perda de personalidade ou "ser volúvel", mas ser acessível à compreensão das coisas e pessoas.
            Para melhoramos as circunstâncias de nossa vida, precisamos transformar nossos padrões de pensamentos limitadores.
            Isolando-nos dentro dessas fronteiras estreitas, passamos a encarar o mundo de forma reduzida e nos condicionamos a pensar que a vida é uma fatal provação.
            Assim, não mais vivemos intensamente, limitando-nos apenas a sobreviver.
            Explorando opções, diversificando nossas opiniões, conceitos, atitudes e recolhendo os frutos do progresso aqui e acolá, teremos expandida a nossa visão, que será a base para agirmos com prudência e maleabilidade diante das nossas decisões.
            A arquitetura de uma ponte prevê os movimentos oscilatórios, para que sua estrutura não sofra dano algum.
            As estruturas imobilizadas nunca são tão fortes como as flexíveis.
            Mentalidades rígidas não são consideradas desembaraçadas e rápidas, pois nunca estão prontas para mudar ou para receber novas informações.

            "As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna perigoso desde que passe a governar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem."

            Nota – As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas, se, em vez de as dirigir, deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e a própria força que, manejada pelas suas mãos, poderia produzir o bem, contra ele se volta e o esmaga. Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa e este excesso se torna um mal,quando tem como conseqüência um mal qualquer. (...)

            Paixões podem ser consideradas predisposições impetuosas e violentas, se levadas ao extremo.
            Elas atingem as diversas áreas do relacionamento humano como, por exemplo, a política, a social, a afetiva, a religiosa e a sexual.

            Predileção pelo lucro é útil; o exagero é cobiça.
            Predileção pelo afeto é valorosa; o exagero é apego.
            Predileção pela religião é evolução; o exagero é fanatismo.
            Predileção pela casa é necessária; o exagero é futilidade.
            Predileção pelo lazer é saudável; o exagero é ociosidade.

            Entendemos, portanto, que a predileção pelas nossas convicções é racional, mas o exagero é inflexibilidade, obstinação, ou seja, paixão.
            Ser flexível não quer dizer perda de personalidade ou "ser volúvel", mas ser acessível à compreensão das coisas e pessoas.
            Encontramos criaturas que se mantêm presas durante anos e anos a conceitos e crenças imobilizadoras.
            Convergiram toda a sua atenção para sentimentos, objetivos ou pensamentos obstinados, dificultando uma amplitude de raciocínio e discernimento.
            Esse fenômeno não somente ocorre no mundo físico, mas também com as criaturas na vida espiritual, que permanecem estacionadas, compulsoriamente, a uma paixão doentia ligada a uma idéia única.
            Criando uma pluralidade de pensamentos reflexivos, teremos, obviamente, um melhor discernimento para perceber, escutar, ler, aprender e seguir nossos caminhos.
            Nossa saúde mental está intimamente ligada a nossa capacidade de adaptação ao meio em que vivemos, e nosso progresso intelectual se expressa por meio da habilidade psicológica de associação de idéias.
            Na atualidade, os estudiosos da mente acreditam que os indivíduos duros e intransigentes, por não se adaptarem à realidade das coisas, possuem uma maior predisposição para a psicose.
            Fogem para um universo irreal, classificado como loucura.
            Essa fuga é, por certo, uma forma de adaptação, para que possam sobreviver no mundo social que eles relutam em aceitar.
            Deixar a rigidez mental é fator básico para o crescimento interior.
            Para aprendermos o "bem-viver", é preciso que abandonemos as condutas da paixão, quer dizer, das emoções exageradas.
            As atitudes inovadoras e consideradas inusitadas na vida dos grandes homens foram as que fizeram com que eles fossem denominados criaturas extraordinárias.
            Jesus Cristo, o Sublime Renovador das Almas, é considerado a maior personalidade "suigeneris" de toda a humanidade.
            O Mestre não somente teve procedimentos e atitudes nobres, mas também inéditos e inovadores, substituindo toda uma forma de pensar rígida, impetuosa e fanática dos homens de caráter austero e intolerante que viviam em sua época.







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