Uma das coisas que sempre me intrigaram - e aborreceram (confesso)        - é a mesmice dos repórteres de TV, começando pela escolha da história,        passando pelo enfoque, e terminando naquele enfadonho e patético tom do        discurso. Se vc acha que estou exagerando, imagine uma daquelas criaturas        narrando uma "conversa de pé-de-orelha" entre dois parceiros sexuais no        calor da batalha (homem e mulher! - sem perversões!!! rs rs rs). Acho que        seria de fazer broxar o mais irredutível dos tarados ... rs rs        rs                    Bom ... parece que esses profissionais têm onde inspirarem-se        quando estão preparando-se para proporcionar a tortura de suas futuras vítimas ... rs rs rs                    Se tivessem a estatura do MESTRE (meu ídolo!!! rs rs rs) ao invés        do nível de "sabemos bem quem", talvez pudéssemos ter algum benefício ao        assistir a um noticiário na TV (sem parar por aí)        ...                    Aluno, em 1964, do curso de jornalismo, ficava a Escola, no Rio,        próxima ao aterro do Flamengo, então um canteiro de obras. Ali pastavam        animais de carga.                    Um grupo de colegas, no qual me incluía, não suportava o tom        laudatório do professor Hélio Vianna, ao se referir ao marechal Castelo        Branco, seu cunhado, e primeiro a ocupar a Presidência em nome da        ditadura. Decidimos pregar-lhe uma peça.                     Sequestramos um burro no aterro e o enfiamos na sala de        aula.                    No corredor do andar de cima, ficamos a observar a reação do        professor de história.                    Hélio Vianna entrou na sala e, para a nossa decepção, ali        permaneceu só, em companhia do muar, durante 50        minutos.                    Dado o sinal, retirou-se impassível, sem demonstrar contrariedade        ou queixar-se à direção. Deu mais trabalho fazer o burro descer do que        subir os degraus da faculdade.                    Na semana seguinte o episódio parecia mergulhado no olvido. Hélio        Vianna entrou em classe e – novo desaponto – não nos passou nenhuma        reprimenda. Deu aula como se nada tivesse ocorrido. Nos últimos minutos,        advertiu-nos:                    – Aviso aos senhores e senhoras que, na semana próxima, haverá        prova. Peguem os pontos com o único colega que, na aula passada, se        encontrava em classe.                    E não mais disse.                    Como estudar para a prova sem a menor noção da matéria        indicada?                    No dia fatídico, o professor nos pediu uma dissertação, por        escrito, de como o Tesouro da Holanda havia sido afetado pela invasão        holandesa no Nordeste brasileiro.                    Zero geral.                    Burros fomos nós.  |      |
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