Zeferino's Diary


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Dela


            Anotem esse nome: Juliane Freitas.
            É uma menina.
            Mas escreve com estilo de mulher, de gigante.
            Vc ainda vai ouvir falar dela.
            A seguir, uma homenagem que ela fez a uma amiga:  Amanda Chagas


Dela
Juliane Freitas (Juf)


            Admiro o equilíbrio, a determinação e o jeito demorado que ela soletra cada palavra. Sabe ouvir e calar ao mesmo tempo. Não julga, dá bronca e esbanja uma serenidade que faz inveja aos monges.
            Sabe, é difícil falar dela, pois cada linha sobre ela esbarra na minha própria descrição. Claro que essa coisa de serenidade e pausa pra falar não tem nada a ver comigo, já que atropelo o vocabulário inteiro com um milhão de assuntos na mesma hora.
            Só ela para me agüentar mesmo.
            E agüenta firme, escuta pacientemente as minhas falas atropeladas e não reclama da minha voz estridente.
            São 4 anos de amizade e parece que foi ontem que a conheci.
            Aprendi com ela o valor de uma amizade.
            As nossas histórias de vida se parecem tanto e sempre foi assim. Podemos ficar separadas pela correria da vida, mas quando nos encontramos alguma coisa idêntica aconteceu com ela e comigo também.
            Ela é a única que me lê antes que eu escreva, decifra o que eu não entendo e se mantém na postura equilibrada de melhor amiga, irmã gêmea idêntica na alma, no coração e nas presepadas da vida.
            Sabe quando você nem falou alguma coisa, apenas pensou e, então, ela já sabe tudo, tem uma bola de cristal no lugar da cabeça e um doce de leite no lugar do coração.
            É isso, bem assim.
            E eu continuo achando digno elevar a auto-estima dessa moça, confirmando que a altura dela é um pouco menor que a minha, apesar de achar que ela é só alguns milímetros menor que eu (acho que ela vai me matar), mesmo assim confirmo e assino embaixo o nosso atestado de amizade eterna, de carinho e amor fraternal.
            Posso imaginar a cara dela quando ler o meu pior discurso, na minha melhor homenagem, lotada de sentimento e recheada de uma puta admiração.
            Os olhos curiosos vão se prender na parte da altura e ela ainda vai me amar do tamanho do mundo.





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